O curso ofertado pelo AgroEcos foi fruto das análises do projeto no território da Baixada Santista. Desde o início da pandemia da COVID-19, quando o AgroEcos teve que adaptar-se ao contexto sanitário ao qual o mundo está passando, novas formas de comercialização entre produtores (as) e consumidores (as) foram acompanhadas por nossa equipe de pesquisadores (as). Assim, buscou-se entender quais eram as dificuldades enfrentadas e as soluções encontradas antes e durante a pandemia.

O objetivo central do AgroEcos é a investigação e fortalecimento de iniciativas de inovação agroecológica relacionadas com a Economia Solidária. Por conta da pandemia, as alterações metodológicas levaram às entrevistas virtuais com as organizações comunitárias.

Foram realizadas transmissões ao vivo (lives) contemplando as três equipes do projeto, além de entrevistas com os coletivos: Morro das Panelas (Peruíbe-SP), Rede Solidária de Peruíbe (Peruíbe-SP) Coletivo Banana Verde (Bertioga-SP), União das Mulheres Produtoras da Economia Solidária de Peruíbe - UMPES (Peruíbe-SP) e Associação dos Produtores Rurais da Microbacia Hidrográfica do Rio Branco de Itanhaém - AMIBRA (Itanhaém-SP). O Projeto Conexão Mata Atlântica, identificado como um elo importante na articulação de alguns desses coletivos, também colaborou com uma entrevista, assim como representantes do Departamento de Agricultura da Prefeitura de Peruíbe.

A partir desses diálogos, análises foram coproduzidas entre os pesquisadores do AgroEcos e os atores diretos e indiretos das iniciativas. Nessas discussões, foram elencadas as dificuldades, demandas e capacidades das organizações envolvidas. Desde julho de 2021, reuniões foram articuladas entre a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) e a equipe do AgroEcos. Através dessa colaboração, foi possível identificar algumas demandas desses grupos, e dentre elas, destacou-se a questão da transição agroecológica e como iniciar o processo de certificação desses produtos, provenientes da agricultura familiar e comunidades tradicionais.

O curso teve foco na formação continuada e foi orientado pela práxis da pedagogia da alternância, . Nela, são vivenciados tempos de reflexão e ação, de diálogo alternado entre conteúdo técnico e teóricos articulados com as práticas cotidianas dos participantes. O público alvo foram agricultores familiares, organizações de produtores de alimentos, organizações de articulação de circuitos curtos de comercialização, gestores públicos, extensionistas, estudantes e demais interessados.

As inscrições ocorreram em meados de Outubro, e as atividades iniciaram no dia 17/11/2021. As aulas teóricas estão disponíveis no canal do YouTube, e os materiais disponibilizados pelos palestrantes estão disponíveis no campo abaixo: